Boa parcela da geração X, que compreende os nascidos nas décadas de 1960 e 1970, integra um grupo nomeado há não muito tempo: os envelhescentes.
O termo, criado pelo sociólogo brasileiro Manoel Berlinck, compreende as pessoas que tem entre 45 aos 65 anos de idade. A referência é exatamente a da adolescência. Estamos em uma fase de transição, uma geração que faz a ponte da idade adulta para a velhice.
O assunto foi tema e deu nome a um longa-metragem. Dirigido por Gabriel Martinez e com argumento de Ruggero Fiandanese, Envelhescência relata a história de seis pessoas que, aos 60 anos, vivem a vida de maneira plena
E para quem estava celebrando, há vários anos, o fim da fase conflituosa vivida na adolescência, más notícias: estamos de volta aos conflitos! A boa notícia: agora temos muito mais preparo para a jornada.
A energia das mudanças, que causa uma efervescência incontrolável nos adolescentes, em nós se traduz em uma melhor administração do tempo, da saúde e dos desafios.
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Como na adolescência, estamos navegando em águas desconhecidas. Só que são águas mais calmas e sabemos manejar melhor o leme e as velas. Somos mais senhores de nós em muitos aspectos.
Essa segurança e bom senso, que só a maturidade traz, nos prepara para a próxima fase. Nossas eventuais rugas estão no rosto, mas não na alma. Podem contar com a nossa experiência e energia. Só não esperem de nós, menos rebeldia!