O coração de Nicolas Rodrigues dos Santos, um menino de apenas 10 anos, luta bravamente para continuar batendo. Diagnosticado com uma grave miocardiopatia, seu órgão vital encontra-se dilatado, repleto de buracos que ameaçam sua vida a cada segundo. Em meio a essa angustiante batalha pela sobrevivência, a esperança da família está nas mãos de pessoas altruístas e conscientes da importância da doação de órgãos.
No dia 4 de abril, o jovem Nicolas desmaiou em sua escola na cidade de Ponta Grossa e foi prontamente atendido pela equipe de saúde local. Encaminhado à Unidade de Pronto Atendimento Santa Paula, exames revelaram alterações alarmantes em seu batimento cardíaco. A situação se agravou quando foi transferido para o Hospital Universitário Materno Infantil (HUMAI), onde um eco cardiograma confirmou a existência de uma miocardiopatia grave.
Após 47 dias de intenso tratamento no HUMAI, a família enfrentou mais um obstáculo doloroso: a falta de recursos adequados para o caso de Nicolas. O hospital não possuía o suporte necessário para atender às necessidades do jovem paciente, o que colocava sua vida em risco. Determinada a garantir a melhor chance de sobrevivência para seu filho, a família lutou por uma vaga no renomado Hospital Pequeno Príncipe.
No último dia 20, o tão aguardado momento chegou e Nicolas foi transferido para o Hospital Pequeno Príncipe. Com a esperança renovada, o pequeno paciente passou por um novo eco cardiograma. O resultado, no entanto, foi devastador. O médico não hesitou em afirmar que o estado de saúde de Nicolas era o mais grave em toda a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital. O coração do menino estava repleto de buracos, tornando-o extremamente vulnerável. Uma simples atividade, como espirrar, poderia levar ao colapso completo de seu órgão vital.
A mãe de Nicolas, em meio às lágrimas e angústia, revelou que seu filho ocupava o primeiro lugar na Lista Nacional de Doações de Órgãos, aguardando um ato de compaixão que pudesse salvar sua vida. No entanto, ela ressaltou o quão difícil é encontrar doadores, especialmente entre pais que perderam seus entes queridos. Em um apelo desesperado, a mãe implora para que esta matéria alcance aqueles que enfrentaram a perda de seus entes amados e possam encontrar forças para fazer a doação. “Não estou desejando a morte de ninguém. Estou apenas pedindo que, se alguém tiver a oportunidade, que possa doar vida, que possa salvar meu filho e todas as crianças que necessitam”, desabafou a mãe, com as lágrimas escorrendo pelo rosto.
No dia de ontem (01), a família conseguiu adquirir medicamentos de alto custo, no valor de mais de 10 mil reais, para manter o coração de Nicolas funcionando. Porém, a incerteza do tempo que esses medicamentos poderão mantê-lo vivo é agonizante. O jovem precisa urgentemente de um transplante cardíaco para ter a oportunidade de uma vida plena.
A mãe, mesmo diante de tantas dificuldades, mantém a esperança de que suas orações, assim como as de sua família e amigos, serão ouvidas e que um doador compatível surgirá. Em suas palavras finais, ela expressou sua fé e determinação: “Acredito que vamos conseguir um coração para meu filho. Peço a todos que sejam sensíveis, generosos e doem vida. Não há presente maior do que a oportunidade de salvar uma criança.”
A história de Nicolas é um lembrete poderoso sobre a importância da doação de órgãos. Através desse gesto nobre, é possível transformar o desespero em esperança, a perda em ganho e a tristeza em gratidão. Um coração pode bater novamente, e a vida de um inocente pode ser salva. Façamos a diferença. Doemos vida.
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