Conhecida pelo ciclo do tropeirismo, Castro comemora nesta terça-feira (19), 320 anos de história. Tudo começou em 1704, quando a família Taques de Almeida requereu uma vasta quantia de terras, oficializando a posse do território que viria a ser chamado Sesmaria da Paragem do Iapó, onde estabeleceram currais e plantações.
Atualmente, o município também é conhecido por ser destaque na produção leiteira. Considerado a Capital Nacional do Leite, promove entre os dias 6 e 9 de agosto, o Agroleite. Em 2022, o município atingiu um Valor Bruto de Produção (VBP) de aproximadamente R$ 4,15 bilhões. Por outro lado, não somente Castro, mas a Paróquia Sant’Ana, localizada no centro, também completa hoje 250 anos.
Voltando a história, durante o ano de 1730 com a abertura da Estrada Real, a Paragem do Iapó tornou-se passagem dos tropeiros que traziam as tropas de muares e gado do sul em direção à São Paulo. O primeiro local de passagem das tropas foi o “Vau do Capão Alto”, na fazenda de mesmo nome e que pertencia aos frades carmelitas.
Em 1774, a povoação de Castro tornou-se Freguesia de Sant’Ana do Iapó e em 1789 foi elevada à condição de Vila Nova de Castro. No ano de 1857, a Vila Nova de Castro tornou-se cidade, a primeira após a emancipação do Paraná, da Província de São Paulo. Em razão disso é considerada por muitos a “Cidade Mãe do Paraná”. O nome do município foi dado em homenagem ao português Martinho de Melo e Castro que foi Secretário de Estado dos Negócios Ultramarinos da Coroa Portuguesa (cargo equivalente ao de Ministro da Marinha).
Outro fato interessante da história de Castro é que “no final do século XIX marcou o início colonização pelos imigrantes, sendo os primeiros grupos de alemães instalados na Colônia Santa Clara e de poloneses na Colônia Santa Leopoldina. No século XX seguiu-se a vinda de outras etnias, como italianos e árabes e na década de 1930 chegaram novos grupos de alemães, que formaram as colônias Terra Nova e Maracanã. Em 1951 os holandeses foram instalados na Colônia Castrolanda e os japoneses, vindos em 1958, completaram rica a diversidade cultural que forma a população castrense”, destaca o texto da prefeitura.
Algumas das características de Castro, além das paisagens, possui o maior moinho da Ámerica Latina com uma altura de 37 metros que está localizado na Colônia Castrolanda; possui o imóvel do Museu do Tropeiro que é considerado o mais antigo da cidade; tem o primeiro jardim de infância do Brasil, o qual leva o nome da fundadora em homenagem, Casa da Cultura Emília Erichsen e também Castro tem o título de maior produtor de calcário agrícola da América Latina.
O prefeito Alvaro Telles conversou com a reportagem do Portal Boca no Trombone. “Agradeço a Deus pela oportunidade de fazer parte da história de Castro. A cidade que me adotou há 55 anos, tenho um orgulho imenso e de hoje estar na frente do município. É muita história, progresso e alegria para todos os 77 mil castrenses”, disse.
Paróquia Sant’Ana
Nesta terça-feira (19), a Igreja Matriz Senhora Sant”Ana completa seus 250 anos. Fundada em 1774 ela possui lustres de cristal que foram doados por Dom Pedro II e um sino de bronze que foi rachado em comemoração ao final da II Guerra Mundial, está localizada no centro da cidade.
Antes da fundação, no 21 de outubro de 1751, os Frades Carmelitas iniciaram suas atividades pastorais na então minúscula Freguesia de Senhora Sant’Ana, como era chamada. Hoje ela possui suas duas Torres que passaram por restauração no ano passado.
*Com informações Prefeitura de Castro
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