Como o previsto, aconteceu na tarde de quarta-feira (15) a audiência de instrução do rumoroso caso envolvendo o policial militar Herivelton dos Santos Martins, o empresário Everton José Hass e a esposa deste, Michele Hartman Hass.
No processo figuram como réus o PM, incurso no crime de tentativa de homicídio contra Everton; Michele, enquadrada também por tentativa de homicídio, aparecendo como vítima o policial.
Os fatos se deram na casa do empresário, por volta das 23h30min do dia 12 de dezembro do ano passado, no bairro Colônia Dona Luiza.
O criminalista Ângelo Pillati Júnior, defensor de Micheli, declarou ao Boca no Trombone, que há muitos fatos que estão sendo comentados não representam a realidade.
Confiram o vídeo
Defesa de Herivelton
O PM Herivelton é representado no caso pela advogada Carolina Follador Barbosa. Ela disse que a audiência se constituiu na primeira oportunidade para que o seu cliente apresentasse a sua versão.
Ele admitiu que teve um caso com Michele, mas não tinha conhecimento de que ela era casada. Ao descobrir o fato, diz a criminalista, o marido de Micheli passou a rondar a casa do policial, que morava nos fundos de um colégio com sua filha adolescente (ele é viúvo).
A presença de Everton no amplo espaço entorno do prédio do colégio (antigo seminário localizado em frente ao Cemitério Colônia Dona Luiza). De acordo com as declarações de Herivelton, Everton fazia-lhe ameaças veladas (não diretamente, tipo vou de matar), mas deixava claro que possuía armas e que era hábil atirador.
Tudo isso bem antes dos dias dos fatos em que ocorreram os crimes. Por diversas vezes, continuou Herivelto, falou para o Everton que não queria mais nada com a esposa dele. Chegou a pedir o número do telefone do empresário, para avisá-lo se ela aparecesse em sua casa.
No dia dos fatos, por volta das 16 horas, Everton procurou Herivelton, ocasião em que o policial reiterou que não queria mais nada com Micheli.
Porém, mais tarde Everton tornou a proferir as ameaças veladas, mencionou a advogada Carolina Follador Barbosa. Foi então que ele, Herivelton, resolveu dirigir-se até a casa do casal para por tudo em pratos limpos.
Ao chegar no portão, ele foi atendido por Micheli, que o impedia de entrar. Houve discussão e até mesmo um confronto corporal com a mulher e o policial. Este informou na audiência que ouviu disparos, sacou sua arma e atirou. Por estar escuro, não vira que havia atingido o empresário.
Assistente de acusação
Contratado pelo empresário, o advogado Fernando Madureira diz que não descarta a possibilidade de Micheli e Herivelton terem combinado toda a trama. Para ele, os depoimentos de Micheli e Herivelton durante audiência não há provas para sustentar o que alegam Herivelton e Micheli.
Madureira atenta para o fato de Michele ter mudado três vezes o seu depoimento, tanto na fase policial como nas posteriores.