Empresários e lideranças locais participaram, na tarde desta segunda-feira (12), de uma reunião na sede da Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (ACIPG), onde foram apresentadas as alterações propostas para as leis que compõem o Plano Diretor do município. O encontro contou com a presença de representantes do Executivo e do Legislativo e teve como objetivo ampliar o diálogo com o setor produtivo sobre as mudanças que impactam diretamente o desenvolvimento urbano da cidade.
Entre os participantes estavam o diretor executivo do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Ponta Grossa (IPLAN), Rafael Mansani; o presidente interino da ACIPG, Leonardo Puppi Bernardi; e o presidente da Câmara Municipal, vereador Julio Küller. As propostas apresentadas foram elaboradas em um grupo de trabalho que envolveu o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Ponta Grossa (CDEPG) e passaram por consultas e audiências públicas.
Durante a apresentação, Mansani destacou que a presença na ACIPG é uma resposta a uma demanda da própria entidade, que solicitou maior participação nas discussões do Plano Diretor. “Viemos aqui trazer as respostas às leis que estão indo para o Legislativo, que foram propostas pelo Executivo. Essa interação entre Executivo, Legislativo e sociedade é fundamental”, afirmou.
Para o presidente interino da ACIPG, o debate é essencial para garantir segurança jurídica aos investidores. “O Plano Diretor é o conjunto das principais leis do município. Quando recebemos empresas de fora, elas querem saber se temos um plano definido, transparente e racional. É isso que dá segurança para os investimentos”, pontuou Bernardi.
O presidente da Câmara, vereador Julio Küller, ressaltou o caráter inédito da parceria entre os poderes municipais neste momento. “Nos apresentaram as modificações com antecedência, antes mesmo dos projetos serem protocolados. Isso nunca aconteceu em meus 17 anos de Câmara”, afirmou. Segundo ele, os projetos serão protocolados oficialmente nos dias 15 e 16 de maio, já com ajustes sugeridos pelos vereadores. “Estamos ouvindo os pequenos e grandes construtores, para tornar o processo o mais eficiente possível”, completou.
Entre as principais alterações propostas estão a flexibilização de parâmetros construtivos, como o aumento da taxa de ocupação em zonas mistas e industriais; a inclusão de novas atividades econômicas permitidas em áreas urbanas e rurais; e ajustes que buscam equilibrar viabilidade financeira e qualidade habitacional. A expectativa é de que as mudanças tornem Ponta Grossa mais atrativa para novos investimentos, promovam crescimento urbano planejado e consolidem um ambiente de negócios mais estável e transparente.
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