Nesta quinta-feira (11), os funcionários do Banco Central do Brasil decidiram entrar em greve por um período de 24 horas, de acordo com o Sinal (Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central). A paralisação, que deve contar com a adesão de mais de 70% dos servidores, pode acarretar em interrupções operacionais em diversos serviços da instituição, incluindo a divulgação de informações, manutenção dos sistemas do Pix e conclusão de projetos em andamento, como o Drex, futura moeda digital brasileira.
“Essa ação pode resultar em interrupções operacionais, um verdadeiro ‘apagão’, em todos os serviços do Banco Central do Brasil. Isso impactará negativamente o atendimento ao mercado e ao público, incluindo cancelamento de reuniões, manutenção em sistemas e atraso na divulgação de informações”, diz a nota do sindicato.
Leia também: Transações via DOC encerram na próxima segunda-feira (15)
Embora a greve possa impactar negativamente o atendimento ao mercado e ao público, o Sinal ressalta que o serviço de Pix continuará operando normalmente durante o período de paralisação. As principais reivindicações dos funcionários abrangem questões como bônus por produtividade, reajuste na remuneração, a exigência de nível superior para cargos técnicos e a mudança de nome do cargo de analista para auditor.
“A decisão de realizar a greve decorre da insatisfação dos servidores em relação ao tratamento dispensado às suas demandas, em meio a concessões assimétricas oferecidas a outras categorias típicas de Estado”, afirma o sindicato, em nota.
“Ressalta-se a preocupação com a falta de diálogo e o alegado açodamento autoritário do presidente do BC na abordagem de questões relevantes, como a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da independência do Banco Central”, prossegue o documento do Sinal.
O sindicato alega que o orçamento aprovado para este ano beneficia auditores fiscais da Receita Federal e a Polícia Federal, em detrimento dos servidores da autoridade monetária.