Nesta quinta-feira (17), a Prefeitura Municipal de Ponta Grossa se manifestou oficialmente sobre o caso do radialista que era servidor comissionado e foi exonerado após ser alvo de investigação por exploração sexual infantil. A declaração foi enviada ao Blog da jornalista Mareli Martins.
De acordo com a nota, a exoneração do servidor foi realizada com base nas prerrogativas legais que regem os cargos de livre nomeação e exoneração, próprios das funções comissionadas. A gestão municipal também destacou seu compromisso com os princípios éticos e legais, afirmando que “não admite e não compactua com condutas que contrariem os princípios da ética, da moralidade e da legalidade”.
Nota completa da Prefeitura de Ponta Grossa:
“A exoneração do referido servidor ocorreu dentro da prerrogativa legal conferida aos cargos de livre nomeação e exoneração, própria das funções comissionadas. A gestão municipal reitera que não admite e não compactua com condutas que contrariem os princípios da ética, da moralidade e da legalidade. Qualquer eventual desvio de conduta será sempre tratado com o rigor necessário, pois a administração não tem compromisso com o erro de ninguém. Nosso compromisso é com a transparência, o interesse público e o respeito à confiança da população.”
Relembre o caso
O servidor exonerado é um radialista conhecido em Ponta Grossa, popular pelo bordão “Tá Guardado”, e que apresentava programas jornalísticos em rádio local. Ele foi ouvido pela Polícia Federal no dia 12 de março, no âmbito da Operação Proteção Integral, deflagrada em 22 estados simultaneamente.
Conforme apuração do Portal BnT, o investigado é suspeito de compartilhar e armazenar mais de 300 imagens pornográficas de crianças e adolescentes. A operação nacional da Polícia Federal contou com a participação de 340 agentes, que cumpriram 72 mandados de busca e apreensão e efetuaram 17 prisões em flagrante.
Em Ponta Grossa, os mandados foram cumpridos, e houve prisão de um suspeito em flagrante. A Polícia Federal recolheu materiais que agora estão sob análise pericial.
O radialista, que também atuava como servidor comissionado no poder público, foi desligado da emissora onde apresentava seu programa matinal. Ele também trabalhou por mais de 10 anos em outra rádio, especialmente com cobertura de notícias policiais. Atualmente, ele segue respondendo à investigação.
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