O nome de Filipe Martins entra em foco nacional na manhã desta quinta-feira (08), após ser preso pela Polícia Federal em Ponta Grossa, na casa da namorada, durante investigação da Operação Tempus Veritatis. Objetivo é investigar organização criminosa que atuou na tentativa de “golpe de Estado” para manter Bolsonaro no poder, após a derrota nas eleições de 2022.
Mas você sabe quem é Filipe Martins?
Martins atuou na Assessoria Especial de Assuntos Internacionais da Presidência durante o governo Bolsonaro, quando em junho de 2021 foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) pelo gesto considerado alusivo a movimentos de supremacistas brancos. O ex-assessor, ao que indica nas redes sociais, mantém um relacionamento com Anelise Hauagge, que em 2021, atuou como gerente de projeto no Departamento de Comunicação Internacional no Ministério das Comunicações.
Em delação à PF, Mauro Cid, que atuou como ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, relatou que o ex-presidente teria recebido, em 18 de dezembro de 2022, uma “minuta do golpe” das mãos do ex-assessor Filipe Martins. Cid afirmou que esteve presente na reunião em que Martins entregou o documento a Bolsonaro. A agenda oficial de Bolsonaro indica a ausência de compromissos oficiais no dia.
Filipe Martins, conhecido inicialmente por ser discípulo de Olavo de Carvalho, desempenhou o papel de assessor especial da Presidência para assuntos internacionais durante a gestão de Bolsonaro.
Nas eleições de 2022, Martins utilizou as redes sociais para compartilhar discursos alinhados ao bolsonarismo. Entretanto, após a derrota de Bolsonaro para Lula (PT), o ex-assessor cessou as publicações nas redes.
Um episódio notório envolvendo o ex-assessor ocorreu em 2021, quando foi flagrado fazendo o gesto conhecido como “White Power” (Poder Branco) com as mãos durante sessão televisionada no Senado, embora negue as acusações.
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O gesto é associado a movimentos supremacistas brancos nos Estados Unidos. Em razão da acusação, Filipe Martins foi denunciado pelo MPF. Ele havia sido absolvido pelo juiz Marcus Vinicius Reis Bastos, da 12ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal, que considerou que não havia justa causa para a abertura do processo. No entanto, em novembro de 2023, o TRF-1 derrubou a decisão do juiz e reinstalou a investigação contra Martins.
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