O senador Sergio Moro (União Brasil–PR) afirmou nesta segunda-feira (12) que ainda não definiu apoio à possível candidatura do governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) à Presidência da República em 2026. Durante entrevista a uma emissora de rádio, Moro reforçou que seu principal objetivo no próximo pleito é contribuir para tirar o Partido dos Trabalhadores (PT) do poder, independentemente de quem será o candidato da direita.
“Tenho dois compromissos em 2026. Talvez a candidatura ao governo do Estado, que vamos decidir adiante, e meu outro compromisso, escrito na pedra, é ajudar alguém a derrotar o Lula, porque o país não aguenta mais quatro anos desse governo”, declarou o senador.
Entre os nomes cotados para a disputa presidencial estão lideranças de direita como o próprio Ratinho Jr., Ronaldo Caiado (União Brasil-GO), Romeu Zema (Novo-MG), Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Questionado sobre quem apoiaria, Moro afirmou que ainda é cedo para uma definição. “Vamos ver quem vai ser o candidato”, disse.
Possível candidatura ao governo do Paraná
Além da eleição presidencial, o futuro político de Sergio Moro também pode passar por uma candidatura ao governo do Paraná. Seu nome aparece bem posicionado em pesquisas de intenção de voto, mas ele afirma que a decisão será tomada apenas no final deste ano ou no início de 2026.
“Não é pauta do momento tratar das eleições para governo, meu foco é no Senado. A gente está fazendo oposição a esse governo que é muito ruim, mas buscando construir pautas positivas, especialmente na área da segurança pública”, afirmou Moro. Ele ressaltou que sua preocupação é impedir que o Paraná seja governado por forças ligadas ao PT ou por políticos que mudem de lado após a eleição.
Alianças e disputa interna na federação
Com a criação da federação União Progressista, formada por União Brasil e Progressistas (PP), Moro vê a união como uma força importante para o cenário político de 2026. “É um grande ajuntamento de direita e centro-direita, que tem um lado positivo que diminui a pulverização partidária no país, gera uma grande força política, e tenho certeza que será muito importante nas eleições no ano que vem”, avaliou.
No entanto, a federação deve lançar um único candidato ao governo do Paraná, o que pode gerar uma disputa interna com outros nomes, como o da ex-governadora Cida Borghetti (PP). Moro, no entanto, minimizou a possibilidade de conflito. “Não tenho dificuldade em dialogar. Tem muita gente boa tanto no União Brasil quanto no PP. Mesmo que existam interesses diferenciados, é natural que haja uma acomodação. Não tem nenhum problema acontecendo internamente”, pontua.
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