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Energia solar: como funciona a compensação de créditos

Energia solar: como funciona a compensação de créditos
Energia solar: como funciona a compensação de créditos
Sistema permite que empresas reduzam gastos com energia a partir da geração distribuída; GDSUN destaca a gestão eficiente de créditos para otimizar economia

O Sistema de Compensação de Créditos de Energia Fotovoltaica, regulamentado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), tem se mostrado uma alternativa vantajosa para empresas brasileiras que enfrentam altos custos de energia. Com esse mecanismo, consumidores que geram a própria eletricidade a partir de fontes solares compensam a produção excedente na rede de distribuição. 

Com a possibilidade de compensar créditos em múltiplas unidades consumidoras, aquelas que possuem filiais ou operações em diferentes locais conseguem aplicar os créditos excedentes em outras unidades, desde que conectados à mesma distribuidora, aproveitando ao máximo o retorno de seus investimentos em geração distribuída. 

O processo é simples: a energia gerada em sistemas fotovoltaicos é registrada por um medidor bidirecional. Quando há excedente — energia que não foi consumida — esse volume é injetado na rede da concessionária local, gerando créditos que podem ser usados para reduzir o valor dos gastos com o consumo de eletricidade. 

Essa estratégia também possibilita às empresas a previsibilidade financeira, uma vez que o investimento em geração própria e a compensação de créditos ajudam a estabilizar os custos. Além disso, contribui para uma postura ambientalmente responsável, alinhando a imagem da empresa com práticas sustentáveis, como a redução de emissões de carbono. 

Geração distribuída atrai mais de R$ 100 bi em investimentos

Segundo a Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), o segmento já ultrapassou a marca de R$ 100 bilhões em investimentos acumulados. A geração distribuída cresceu mais de 26 gigawatts nos últimos quatro anos, sob o impacto da escalada da produção de energia fotovoltaica.  Esse crescimento reflete a busca por soluções mais econômicas e sustentáveis quando o assunto é produção e consumo de energia elétrica no Brasil. 

Para a GDSUN, empresa que atua na construção, operação e manutenção de usinas de geração distribuída, a utilização de sistemas avançados de monitoramento e softwares especializados é essencial para otimizar o aproveitamento de créditos gerados. A empresa administra mais de 7.000 unidades para grandes consumidores espalhadas por diversas concessionárias do país.

“Uma gestão eficiente pode maximizar a economia e assegurar que as unidades estejam em conformidade com as regras do Sistema de Compensação de Energia Elétrica”, destaca Lucas Bergamasco, coordenador de gestão de energia da GDSUN.

Mercado em expansão

No segmento de geração distribuída, o Brasil possui hoje mais de 2,5 milhões de sistemas fotovoltaicos instalados, proporcionando economia para aproximadamente 3,6 milhões de unidades consumidoras, incluindo as classes comercial, residencial e rural. 

A tendência é que esse mercado siga em expansão, já que a energia solar é uma fonte abundante em praticamente todas as regiões do país. 

Um estudo recente publicado por pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) revelou que a irradiação solar deve aumentar entre 2% e 8% na maior parte do Brasil até 2040, com exceção da região Sul, que deverá ter uma redução de cerca de 3%. 

 


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