A disputa eleitoral em Ponta Grossa neste segundo turno deve condensar os votos anteriormente disseminados entre grupos que disputam praticamente o mesmo eleitorado. É o caso da prefeita Elizabeth Schmidt (UB) e o deputado Marcelo Rangel (PSD) e da deputada Mabel Canto (PSDB) e Aliel Machado (PV).
A guerra política protagonizada entre os grupos, majoritariamente, pode não representar a posição do eleitorado que leva em consideração outras questões como a afinidade política que pode sugerir posições mais ou menos progressistas, do ponto de vista ideológico.
Assim, no caso de Elizabeth e Marcelo Rangel, que se diz isento ao debate do segundo turno, seus eleitores podem estar mais no campo dos conservadores, enquanto Mabel pode receber neste segundo turno os votos do grupo do deputado Aliel Machado, que não anunciou apoio a nenhuma das candidaturas.
Vale destacar que não quer dizer necessariamente que a deputada Mabel seja de esquerda se recebe o apoio de Aliel, o que também nem acho que sua identidade política se alie a direita, diferente de seus adversários, Elizabeth e Marcelo, que deixam claro suas simpatias ideológicas com a direita, mesmo num partido que não é de direita, afinal, o PSD tem como cacife, Gilberto Kassab e nasceu para que muitos deputados da direita à época, leia-a PSDB e o extinto DEM, não formasse oposição a então presidente Dilma Roussef do PT, mas isso é assunto para outro dia…
Retomando ao raciocínio, esta coluna não vai fazer juízo de valor sobre direita e esquerda, mas o espectro político partidário é o que definirá essas eleições em Ponta Grossa, já que as peças foram embaralhadas e, aos poucos, serão reposicionadas sobre esse tabuleiro político ponta-grossense.
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