A rede de instituições de ensino superior vinculadas ao Governo do Paraná reafirma sua relevância no panorama acadêmico global, destacando-se com cinco universidades entre as melhores do Brasil em 19 áreas do conhecimento. Essa informação é proveniente da nova edição do SCImago Institutions Rankings (SIR), um levantamento anual realizado por um laboratório de pesquisa associado ao Conselho Superior de Pesquisas Científicas (CSIC) da Espanha.
De acordo com o ranking, que avalia as instituições com base em seu desempenho em pesquisa, inovação e impacto social, a Universidade Estadual de Londrina (UEL) e a Universidade Estadual de Maringá (UEM) se destacam como as mais bem posicionadas do estado nas áreas de Engenharia e Química, respectivamente, ocupando a oitava colocação nacional nessas disciplinas.
Além disso, ambas as universidades estão entre as 20 melhores do Brasil nas seguintes áreas: Agricultura e Ciências Biológicas; Ciências da Computação; Energia; Física e Astronomia; Matemática; e Medicina Veterinária.
A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) se destaca como a melhor instituição paranaense em Odontologia, posicionando-se na 19ª posição entre as universidades brasileiras. Por sua vez, a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) e a Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) também apresentaram resultados significativos em áreas como Agricultura e Ciências Biológicas; Artes e Humanidades; Ciências da Terra; Ciências Farmacêuticas; Ciências Sociais; Economia e Finanças; Energia; Medicina Veterinária; e Química.
Michel Jorge Samaha, diretor de Ensino Superior da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, afirma que as colocações elevadas das universidades estaduais no ranking consolidam o estado como um polo de excelência acadêmica e inovação. “Esse reconhecimento reflete o compromisso das instituições estaduais com o ensino de qualidade, pesquisas inovadoras e impactos tecnológicos, elevando o Paraná à condição de referência nacional em ciência e desenvolvimento”, comenta.
Samaha também enfatiza a relevância da educação superior para fomentar o desenvolvimento do estado. “O desempenho acadêmico das universidades reforça a necessidade de um investimento contínuo em pesquisa aplicada e formação qualificada, que transforma conhecimento em desenvolvimento com impacto socioeconômico”, acrescenta.
No contexto geral da classificação, as cinco universidades paranaenses ligadas ao governo estadual figuram entre as 100 melhores do Brasil. A UEL e a UEM se destacam na 34ª e 35ª posições, respectivamente. Ambas também estão entre as 100 melhores instituições da América Latina, ocupando a 61ª e 63ª posições.
Hemerson Donizete Pinheiro, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil da UEL, atribui o destaque da universidade ao compromisso com pesquisas focadas na inovação e excelência acadêmica. “Adotamos uma abordagem multidisciplinar baseada na sustentabilidade e pesquisa aplicada, integrando formação acadêmica com práticas que promovem avanços técnicos e científicos na área”, explica.
Por sua vez, Andrelson Wellington Rinaldi, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Química da UEM, acredita que o desempenho positivo da universidade é resultado da combinação entre pesquisas de alta qualidade e formação profissional competente. “Nossa posição reflete nosso compromisso com inovação, infraestrutura adequada e colaborações multidisciplinares que têm gerado impactos sociais significativos”, destaca.
As outras três universidades estaduais mostraram avanços notáveis em comparação à edição anterior do ranking. A UEPG subiu 13 posições, agora sendo classificada como a 69ª melhor instituição de ensino superior no Brasil. A Unioeste avançou 21 posições, alcançando a 78ª colocação nacional. Por fim, a Unicentro subiu 22 posições desde o ano passado, agora ocupando a 91ª posição no país.
A metodologia empregada pelo SIR inclui três indicadores divididos em 20 categorias de avaliação. Os critérios utilizados consideram o desempenho das instituições em pesquisa, inovação e impacto social com base na ferramenta Scopus, um dos principais bancos de dados acadêmicos utilizados para rankings universitários globais.
Nesta edição de 2025, foram classificadas um total de 9.756 organizações ao redor do mundo, das quais 5.051 são instituições de ensino superior. Dentre elas, 430 são da América Latina, incluindo 165 brasileiras.
Além das universidades estaduais mencionadas, o ranking também reconhece o desempenho da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Paraná (IFPR), Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) e Universidade Positivo (UP).