O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta sexta-feira (09) pela condenação da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) a 10 anos de prisão. A parlamentar é acusada de ter atuado como mentora intelectual da invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em janeiro de 2023. Moraes também defendeu a perda do mandato da deputada.
O voto do relator foi inserido no plenário virtual da Primeira Turma do STF, onde os demais ministros do colegiado, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Flávio Dino e Luiz Fux têm até a próxima sexta-feira (16) para registrarem seus votos. A execução da medida, em caso de condenação confirmada, dependerá ainda de ato da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados. O presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), deverá ser intimado.
De acordo com a denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, Zambelli teria procurado o hacker Walter Delgatti com o objetivo de fraudar os sistemas eletrônicos do CNJ. Entre os crimes, estaria a tentativa de inserir um mandado de prisão falso contra o próprio Alexandre de Moraes, além de outras manipulações ilegais.
Moraes também votou pela condenação de Delgatti, apontado como executor do ataque hacker, fixando a pena em 8 anos e 3 meses de prisão. O caso representa mais um capítulo das investigações sobre crimes digitais e ataques às instituições democráticas. A decisão final sobre a condenação e eventual perda de mandato de Carla Zambelli depende agora da maioria da Primeira Turma do STF e dos procedimentos internos da Câmara dos Deputados.
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