Agronegócio

Exportações do agronegócio brasileiro recuam em 2024

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Em 2024, as exportações do agronegócio brasileiro caíram 1,3% para US$ 164,4 bilhões, com forte queda na soja. Expectativas para 2025 são incertas.

Em 2024, as exportações do agronegócio brasileiro alcançaram a marca de US$ 164,4 bilhões, representando uma queda de 1,3% em relação ao ano anterior, conforme dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), vinculado à Esalq/USP. Esta diminuição ocorre após quatro anos consecutivos de crescimento no faturamento em dólar, segundo informações fornecidas pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e pela Secretaria de Comércio Exterior através do sistema Siscomex.

O cenário para 2025 permanece incerto. O Cepea aponta que a imposição de tarifas comerciais pode impactar os preços dos produtos nos mercados internacionais e alterar as parcerias comerciais entre os países. A queda no faturamento em dólares é atribuída a uma redução de 3% no volume total exportado em 2024, embora o preço médio dos produtos tenha aumentado em 1,7% no mesmo período.

De acordo com o relatório do Cepea, o declínio nas exportações foi fortemente influenciado pela significativa redução de 28,8% nos embarques do complexo soja, que inclui grão, farelo e óleo, além de uma queda nas exportações de milho. Em contrapartida, houve um aumento expressivo nas vendas externas de algodão em pluma (+71%), café (+30%), açúcar (+22%) e carne bovina (+26%).

Os especialistas ressaltam que a desvalorização de 6% da moeda brasileira frente ao dólar em 2024 – já descontada a inflação – resultou em um crescimento de 4,6% no faturamento em reais.

Para o próximo ciclo agrícola 2024/25, espera-se que a produção nacional de soja, milho e algodão aumente, o que poderá garantir uma maior disponibilidade desses produtos tanto para consumo interno quanto para exportação. No entanto, os preços dos produtos em dólares dependerão da oferta mundial e da produção de outros grandes players como Argentina, Estados Unidos e Ucrânia.

No segmento da carne bovina, as restrições na oferta devem persistir devido ao ciclo pecuário no Brasil e nos Estados Unidos. A demanda da China será um fator determinante para os preços desse produto, uma vez que o país asiático é responsável por mais da metade das exportações brasileiras neste setor.

O valor do dólar deve se manter acima de R$ 5,50 neste ano, o que pode favorecer o desempenho das agroexportações. Contudo, as incertezas relacionadas à imposição de tarifas podem impactar negativamente os preços nos mercados internacionais e reconfigurar as alianças comerciais entre os países.

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