A presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Priscila Degraf, esteve na Câmara de Vereadores nesta segunda (22), para se posicionar sobre a desaprovação dada pelo Conselho de Saúde à abertura da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Uvaranas.
Priscila iniciou a fala apontando a importância da nova unidade. “A UPA Uvaranas vai existir por conta de um estudo técnico, que apontou que o bairro de Uvaranas contém ⅓ da população de Ponta Grossa. Os moradores merecem urgência na aprovação”, disse. A UPA deverá atender a região de Uvaranas, Neves e Cará-Cará.
A construção
Um dos principais questionamentos sobre a UPA é o terreno, já que a Prefeitura de Ponta Grossa investiu R$12,5 milhões na compra do local, sendo que o Governo do Estado teria oferecido um espaço ao lado do Hospital Regional.
Priscila explicou que esta questão não avançou devido a futuros projetos do próprio Estado para o local, como a nova torre, além de outros espaços. “O questionamento foi de má fé. Tivemos uma conversa breve com o Regional sobre a UPA ser construída ao lado do hospital, mas foi apenas inicial e não houve prosseguimento. Não tem espaço para uma UPA Uvaranas no Regional, pois já existem outros projetos analisados ali”, disse.
Entenda toda a situação da desaprovação clicando aqui.
Rebate a críticas
Priscila também argumentou outras pontuações dadas pela presidente do Conselho Municipal de Saúde (CMS), Gizelle Cheremato. Uma delas foi a falta de investimentos na saúde primária do município.
“Sobre as unidades básicas, foram investidos R$226 milhões na atenção primária para contratação de profissionais, compra de equipamentos, além da revitalização das unidades”, esclareceu.
Sobre a situação das atuais UPAs (Santana e Santa Paula), Degraf disse que há fiscais 24h e comissões de avaliações internas, que avaliam as metas e os serviços prestados pelas unidades. A presidente da FMS ainda citou uma pesquisa de qualidade, onde a UPA Santa Paula teria tido 82% de aprovação e a Santana, 77%. De acordo com a secretária, a meta seria de 75%.
Pedido de apoio
Após a fala, Priscila recebeu falas de apoio e questionamento dos vereadores presentes. Ede Pimentel (PDT) e Júlio Kuller (MDB) pediram a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar se houve possível interferência política na decisão do Conselho.
O vereador Celso Cieslak (DC) criticou a presidente do Conselho, Gizelle Cheremato. “Ela é uma incompetente, age de má fé. Não tem condição de estar no cargo de ocupa”, disse.
Ao final, Priscila pediu o apoio dos vereadores e dos conselheiros para que considerassem os votos dados e que aprovassem a implantação da nova UPA. “Somente a partir da aprovação do Conselho é que se pode pedir aprovação de órgãos para o funcionamento”, ressaltou.
“Chega de fazer política em cima da saúde. Peço ajuda para que parem de pensar em partido e eleição e nos unamos pela população que precisa dessa unidade”, exclamou a secretária. A nova reunião deve ocorrer na quarta-feira (24), às 18h15, na sede do CMS.
Após o encerramento, Joce Canto pediu para que fosse convidado um representante do Conselho de Saúde para que também se posicionasse na tribuna. Caso seja liberado, deverá acontecer na quarta-feira, horas antes da nova votação.
Leia também: Bombeiros prestaram mais de 63 mil atendimentos nos seis primeiros meses de 2024