Funcionárias terceirizadas de escolas municipais e CMEIs em Ponta Grossa estão com o trabalho paralisado em decorrência da falta de pagamento e atraso de salários por parte da empresa SPX, contratada pelo município para prestar esse tipo de serviço.
As funcionárias terceirizadas da empresa SPX relatam atraso inclusive no recebimento do vale alimentação e do vale transporte. Na escola Deputado Djalma de Almeida Cézar, apenas uma cozinheira está trabalhando atualmente e uma servente foi desviada da função para suprir as necessidades da escola.
O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Asseio e Conservação e Limpeza Pública de Ponta Grossa e Região (SIEMACO), entrou em contato com a empresa SPX para obter informações sobre a situação. Segundo o sindicato, a empresa informou que o pagamento dos salários de algumas trabalhadoras não foi efetuado porque a empresa se encontra sem responsável pelo RH.
Posição do Sindicato
Diante da situação e dos demais problemas que a empresa se comprometeu a resolver e não o fez, o SIEMACO convocou uma assembleia a ser realizada nesta quinta-feira (11), às 15h para discutir a situação da empresa e suas propostas, bem como tratar sobre a paralisação.
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A assembleia será realizada no Sindicato e, de acordo com a lei, há um prazo de 48 horas para que a paralisação seja efetivada. A falta de pagamento e atraso nos salários das funcionárias terceirizadas têm gerado prejuízos para essas trabalhadoras, que muitas vezes dependem exclusivamente desses rendimentos para sustentar suas famílias.
A situação também afeta diretamente as escolas municipais e CMEIs, já que a paralisação do trabalho dessas funcionárias implica na falta de serviços essenciais, como a limpeza e a preparação da alimentação para as crianças.
O vereador Professor Careca comentou sobre a situação e afirmou que a prefeitura já fez a parte dela, pagando o que deveria ser pago à empresa SPX. “Estamos esperando uma resposta da SPX até dia 12, mas são muitas reclamações que estamos recebendo dos funcionários, que estão com os salários atrasados e os repasses que foram combinados não estão sendo feitos”, disse.
Ele destacou que a Câmara Municipal encaminhou um pedido de informações para a empresa, juntamente com os vereadores, fazendo algumas perguntas pertinentes do contrato, e que irão conversar com o fiscal do contrato.
Professor Careca também ressaltou que o sindicato está cobrando a empresa e que será realizada uma reunião para discutir a situação. “O sindicato está cobrando também a empresa e vai haver uma reunião para discutir isso. Estamos cobrando o município para que ele também peça esclarecimentos e ações da empresa, tendo em vista que o município está pagando esse contrato.”
O portal Boca no Trombone pediu esclarecimentos sobre a situação de greve das funcionárias e quais os impactos diretos na educação e funcionamento das unidades de ensino para a prefeitura de Ponta Grossa. Por meio de nota, a prefeitura respondeu: “Informamos que o serviço contratado junto à empresa segue sendo realizado nas escolas, sem qualquer prejuízo para o andamento das aulas.”
Relembre o caso
As funcionárias terceirizadas da empresa SPX, foram até a sede do SIEMACO conversar com o sindicato e um representante da SPX para resolver o problema no dia 20 do mês de abril.
Na discussão foi estipulado que caso os pagamentos não sejam feitos até o dia 26 de abril de 2023, as trabalhadoras iriam entrar em greve.