A última sexta-feira (25), consolidou o Dia Internacional Contra a Exploração da Mulher, data definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A data é significativa pois gera reflexões sobre as inúmeras violências que uma mulher pode enfrentar ao longo da sua vida.
Os dados da Secretaria de Segurança Pública do Paraná demonstram que no primeiro semestre deste ano no estado, 41.437 mulheres foram vítimas de violência doméstica e 7.019 foram vítimas de violência sexual. Por outro lado, em Ponta Grossa, os dados obtidos pela equipe de jornalismo do Portal Boca no Trombone (BNT) demonstram que de janeiro a outubro deste ano, a Delegacia da Mulher emitiu 1.177 medidas protetivas a vítimas de violência.
Perante esse triste cenário, a Lei Maria da Penha, vigente desde 2006, serve como medida de proteção dessas vítimas contra as ameaças de seus agressores. Com esse amparo, os dados mostram um crescimento nos pedidos de medidas protetivas na cidade.
A Secretaria Municipal de Cidadania e Segurança Pública do município, através da Patrulha Maria da Penha e Guarda Municipal acolheu de forma humanizada, acompanhou e direcionou 88 vítimas que possuem medidas protetivas no primeiro semestre do ano, representando um aumento de 203% de atendimentos em relação ao mesmo período do ano passado- acompanhe a reportagem completa clicando aqui.
Em entrevista, a Delegada chefe da delegacia da mulher, Cláudia Kruger e o Delegado Adjunto, Antônio Santos, afirmam que as violências mais registradas na delegacia da mulher são a perturbação – que inclui perseguição, ameaça, vias de fato e a lesão corporal. Os delegados também detalharam em entrevista sobre a dinâmica para a elaboração das medidas protetivas e as medidas que são tomadas em caso de descumprimento.
COMO BUSCAR AJUDA- Caso você presencie alguma situação de violência doméstica, pode ligar gratuitamente para a Polícia Militar no telefone 190. Uma viatura se deslocará até o local e dará suporte à vítima.
Caso deseje ajudar alguém ou prestar denúncias posteriores pode ser contatado o telefone da Central de Atendimento à Mulher, no número 180 e 181. O serviço escuta e fornece uma acolhida qualificada para essas vítimas, além de encaminhar denúncias de violência aos órgãos competentes.